Translate

terça-feira, 10 de março de 2020

Olá Pessoal!!

Recentemente eu encontrei estes artigos na net e eles podem ser muito úteis para os alunos que irão participar do MasterClass ou mesmo para conhecerem um pouco mais de Física e de atualidades.

Disponibilizei os arquivos na versão PDF. 
É só clicar nos links com o botão direito (no respectivo texto escolhido) e escolher abrir uma nova página .

Boa leitura e Divirtam-se!!!

Texto 1

Texto 2

Texto 3



sábado, 25 de maio de 2019

Bom Dia pessoal!!
Recentemente "fuçando na net" estes dias encontrei um vídeo feito por alunos UFABC que estavam realizando gravações na escola para realizarem um trabalho da graduação...
Assistindo hoje eu digo CREDO!!!! rs rs rs rs
"Entrevista de supetão"

Té+ pessoal!!
  

sábado, 7 de setembro de 2013

Olá pessoal!
Faz tempo que eu não atualizo o meu blog...
Muito atarefado... Pouco tempos ou tempo mal administrado no dia a dia... Coisas assim...
Mas vamos seguir em frente!.

De início uma dica muito  interessante. Vejam este blog. Vocês amantes da Física, vão gostar:


Té+
Me Carlos Alberto.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Determinar a densidade

Determinar a densidade de um sólido


Com relação aos materiais sólidos, pode- se usar a Balança de Jolly para determinar as densidades.

A Balança de Jolly, que funciona como um dinamômetro, permitindo determinar o peso da mola, pela deformação da mola. Este permite determinar o peso do corpo sólido no ar e quando mergulhado em água. A densidade calcula-se como sendo a razão entre o peso do corpo sólido no ar pela diferença do peso no ar com o peso deste na água (lembrete: Peso = m X g).

O funcionamento da Balança de Jolly é baseado na Lei de Hooke que nos diz:

"Dentro dos limites da elasticidade, a deformação sofrida por um corpo elástico é diretamente proporcional à força deformadora."

A Balança de Jolly é uma mola helicoidal (por exemplo, uma “espiral de encadernação”) suspensa em uma haste e disposta diante de uma escala graduada (por exemplo, uma régua) na qual são registradas as elongações sofridas pela mola (o quanto a mola estica em cm).


Procedimentos:

Meça o comprimento da mola em repouso (escala em cm), o valor encontrado é a variável x0;

Prenda o material sólido na extremidade livre da mola, meça o novo comprimento da mola (em cm), este novo valor encontrado será a variável x1;

Mantendo ainda o corpo sólido preso na mola, coloque um recipiente com água abaixo da mola e deixe o sólido mergulhado no recipiente com água (sem tocar o fundo do recipiente), este outro valor do comprimento da mola (em cm) encontrado será o da variável x2;

Agora com os valores encontrados use a fórmula para determinar a densidade (pc) e compare-os com um valor padrão para conferir se eles estão próximos.


Determinar a densidade de um líquido

A densidade é uma propriedade intrínseca da matéria. A matéria tem duas características fundamentais: possui massa e ocupa lugar no espaço. A expressão "ocupar lugar no espaço" quer dizer "tem volume". Assim, massa e volume são coisas que tudo que é material tem.Neste experimento nós não vamos levar em consideração a pressão atmosférica.


A relação entre a massa e o volume de um líquido qualquer recebe o nome de densidade, que pode ser matematicamente expressa como:




Perceba que tudo que é material possui densidade, não importando se é uma substância simples ou uma mistura, independentemente de seu estado físico. Uma gota de água pura, uma gota de água salgada ou mesmo o vapor da água ou um cubo de gelo possuem densidade, embora em cada uma das situações exemplificadas o valor dessa densidade varie.



Vejamos a densidade de alguns compostos: Temperatura por volta de 21°C  a  25°C

Objetivos Específicos


• Medir as dimensões de vários objetos utilizando a régua como instrumento de medida;

• Determinar de forma indireta o volume dos objetos, pela medição direta de suas dimensões;

• Analisar o número de algarismos significativos e os erros associados a cada medida;

• Medir a massa de objetos e calcular a densidade de objetos.



Materiais

• Objetos (recipientes) para serem utilizados na aferição da massa do líquido;

• Régua calibrada em centímetros e milímetros.

• Balança



Procedimento Experimental:

• Em todas as medidas estar atento ao número de algarismos significativos que serão registrados.

• Pense nas tabelas que deverão ser montadas para anotação das medidas e cálculos.

• Apresentar todos os resultados com suas unidades.

• Anotar o erro do instrumento de medida.



Observação

Quando a medida corresponde a uma fração da menor divisão da escala do instrumento, há uma imprecisão na medida. Considera-se que o erro instrumental de um aparelho analógico seja igual à metade da menor divisão da escala do aparelho; e de um aparelho digital como sendo a menor divisão da escala do aparelho. O erro instrumental representa a limitação do instrumento.



Medidas diversas

Medir as dimensões dos objetos (cilindro, prisma ou cubo) utilizando uma régua comum: medir os diâmetros (interno e externo) de diferentes objetos.



Medidas indiretas de volume e densidade

• Medidas dos objetos (os recipientes utilizados para aferir a massa do líquido):

• Repetir as medições três vezes para cada objeto e anotar todos os valores.

• Calcular o valor médio e o seu respectivo desvio padrão.

• Aferir a massa do(s) objeto(s) utilizado(s). Repetir três vezes.

• Calcular o valor médio e seu respectivo desvio padrão.



Cálculos:

• Calcular o volume do objeto medido usando o valor médio das três medidas realizadas.

• Calcular o valor médio e o seu respectivo desvio padrão.



Observação: Para calcular o volume, utilizar as equações com o diâmetro (D), ao invés do raio (R) como é feito usualmente. A divisão do diâmetro D por 2 para achar o valor do raio R, pode gerar alguma aproximação de cálculo, que por sua vez poderá gerar erros. Por exemplo, para o caso do volume do cilindro.


 Com os valores do volume e da massa calcular a densidade dos líquidos e calcular o valor médio e o seu respectivo desvio padrão.




Cálculo da densidade:

• Aferir a massa do líquido utilizando os objetos (recipientes) diversos;

• Repetir as aferições três vezes para cada objeto e anotar todos os valores encontrados;

• Calcular o valor médio e o seu respectivo desvio padrão;



Té+

Encontrar distâncias inacessíveis por triangulação com auxilio de transferidor.

Encontrar distâncias inacessíveis por triangulação com auxilio de transferidor.




Para medirmos distâncias tão grandes e obter as medidas desejadas diretamente torna-se impossível. Uma das formas para se conseguir medir estas distâncias é recorrendo aos ângulos e o método da triangulação. O método de triangulação já foi muito usado antes da existência do GPS (que também faz uso da triangulação através de satélites).

Os livros-texto de Matemática apresentam, sob diversas formas, problemas de medidas de distância que envolve relações métricas ou trigonométricas em triângulos. Quando se vai a campo, para verificar “in loco” como proceder em cada caso, desde uma simples medida de distância entre dois pontos inacessíveis ao sujeito (como duas árvores), ou um mapeamento mais complexo (como o de um jardim ou parquinho de brinquedos, em uma escola), percebe-se imediatamente a dificuldade de executar as medidas com razoável grau de precisão. Esta atividade representou uma tentativa de desenvolver o trabalho, utilizando diversos conceitos matemáticos que podem ser explorados em maior ou menor escala, conforme a turma com que se está trabalhando.



Objetivo

Utilizar o método da triangulação para determinar a altura ou a distância a qualquer objeto.



Procedimentos

Ver como se podem calcular as distâncias a pontos inacessíveis recorrendo ao método da triangulação. Segue-se um exemplo de como utilizar este método.

Suponha-se que a distância a determinar é da base ao topo de uma montanha; isto pode ser feito colocando duas estações de observação em A e B, ambas separadas por uma distância conhecida que será considerada como a linha da base.

Considerando o topo da montanha como sendo o ponto C, ficar-se-á, agora, com o triângulo ABC como mostra a figura 1:


Na estação A, o ângulo alfa é observado e medido entre as direções B e C. Na estação B, o ângulo beta é observado e medido entre as direções A e C.


Utilizando agora uma escala conveniente, desenha-se a linha AB da base e as linhas AE e BD são construídas em relação aos ângulos alfa e beta, usando um transferidor para medir os ângulos. O ponto de intersecção entre AE e BD é o ponto C que corresponde ao topo da montanha. Se a escala foi bem feita, é agora possível medir no desenho, com alguma exatidão, a distância entre a base (linha AB) e o topo da montanha e depois converter, recorrendo novamente à escala, essa distância para as unidades reais.

Grandezas e suas relações: Escalas

Ao analisar mapas, há um dado importante a se levar em conta: a escala. Esse conceito, presente em cartografia , também é assunto da matemática. É graças à escala que os objetos, ou lugares, são "reduzidos" para caber numa folha de papel. Definimos escala de um desenho como sendo a razão entre o comprimento do projeto e o comprimento real correspondente, sempre medidos na mesma unidade

A representação em escala é guiada por regras de proporcionalidade de frações. Toda escala é diretamente proporcional. Imagine que você tenha um avião em miniatura. Para voar, o seu modelo precisa ter medidas proporcionais com o avião original. Quando se diz que um modelo está em escala 1:25, isso significa que ele é 25 vezes menor que o original. Se a envergadura de asa do avião original tem 10 m (por exemplo) qual será a do modelo?




Se num mapa a escala indicada é de 1 : 1000, isso quer dizer que cada medida no desenho do mapa é 1000 vezes menor que a realidade, sendo assim : Cada 1 cm medido no mapa representará no real a medida de 1000 cm (equivalente à 10 m).


Se num projeto arquitetônico cada cm desenhado equivale a 120 cm ( 1,2 m ) de dimensão real, afirmamos que esse modelo está na escala de 1 : 120, ou seja, tudo na realidade é 120 vezes maior que no projeto arquitetônico.



Roteiro


1. Fixar o barbante que perpassa (por baixo) o transferidor, entre dois suportes;

2. Colocar o transferidor na posição A;

3. Mirar o ponto C e anotar o ângulo BAC (alfa);

4. Transportar o transferidor para o ponto B e repetir a operação, anotando o ângulo ABC (beta);

5. Medir a distância entre A e B;

6. Calcular, por exemplo, a distância entre A e C, através dos seguintes procedimentos:

• Reproduzir as medidas em papel milimetrado, em escala, e medir a distância com régua;

• Calcular a distância através de fórmulas da geometria plana;

• Calcular a distância por processos trigonométricos.

Observações:

• Não há necessidade de se estabelecer uma posição definida para o transferidor; o importante é que se consiga definir o valor do ângulo, entre duas observações subseqüentes;

• Para facilitar as observações, deve-se estender firmemente o barbante entre dois pontos situados antes e depois de A e B, respectivamente (prende-los em estacas, por exemplo).

• Podemos ter uma variante mais exata deste processo, utilizando-se mais um jogo de transferidor (ver esquema abaixo) colocando-os perpendiculares entre si.

Neste processo devemos medir o ângulo de inclinação também.

Convêm ressaltar a utilização, para resolver este tipo de problemas, de fórmulas trigonométricas.




Por enquanto é só
Té+

Avaliação 3º B - segundo bimestre

Olá pessoal, segue abaixo (no formato de figuras) uma cópia da avaliação que vocês tiveram em julho...
Primeira parte


Segunda parte


Por enquanto é só
Té+

sábado, 3 de abril de 2010

Como elaborar um relatório científico

Material de apoio para a 1ª série A do Ensino Médio - Abril/2010.

Etapas de um relatório.





  •  
Como elaborar um Relatório Científico

Um relatório científico serve para comunicar os resultados finais e de um trabalho laboratorial de investigação, de estudo, de pesquisa etc.
Deverá ser um relato completo que possa permitir a qualquer pessoa que o leia adquirir uma visão global do estudo efetuado, proporcionando uma consulta fácil e fornecendo de modo objetivo a informação mais relevante.

1. A Apresentação
2. A Estrutura
3. O Resumo
4. A Introdução
5. O Procedimento
6. Os Resultados
7. As Conclusões

1. A Apresentação

A elaboração do relatório deve passar por um esboço (planejamento da informação) e, quase sempre, por alguns rascunhos.
O aspecto geral e qualidade gráfica do relatório têm uma importância primordial. Por isso deve evitar-se rasurar, riscar ou utilizar corretor.
Apertar a letra, diminuir o espaço entre linhas, ocupar as margens tornará a leitura difícil e a apresentação pouco atraente. Por exemplo:
É importante deixar-se sempre margens interiores (esquerdas) e superiores com, aproximadamente, três centímetros e margens exteriores (direitas) e inferiores com, aproximadamente, dois centímetros (ver figura).


O relatório deve ter uma capa. No entanto, sobretudo se for pequeno, pode dispensar uma encadernação. Por exemplo:

A capa não deve ser enfeitada ou embelezada. Deve conter a informação seguinte pela ordem indicada:
1º nome da instituição ou entidade onde a investigação foi realizada,
2º título do trabalho, (destacado com letra maior ou sublinhado)
3º nome do autor e identificação do mesmo,
4º âmbito de realização o trabalho (disciplina, projeto, unidade, programa, etc.)
5º local e data

Na figura seguinte apresentam-se exemplos de capas para relatórios científicos.














O título deve dar uma indicação clara do assunto tratado explicitando o problema resolvido. Por exemplo:
Na maioria das vezes pode utilizar-se o título do procedimento experimental.
Se realizarmos um determinado trabalho laboratorial sobre sabões este pode ter o título: " Estudo sobre Sabões". No entanto este título é pouco informativo. É necessário um título que seja mais indicativo da natureza do trabalho realizado. Alguns exemplos são:"
"Estudo das Propriedades de Sabões"
"Análise Química de um Sabão"
"Síntese Laboratorial de Sabão"
"Preparação de Sabões"
"Investigação sobre impacto ambiental da Utilização de Sabões"
"Determinação do Poder Detergente de Sabões".

A linguagem deve ser cuidada e cientificamente correta. Por exemplo:

Por exemplo:
É preferível:
"graus Celsius" em vez de "graus centígrados"
"quantidade química" em vez de "número de moles"
"banho de água" em vez de "banho maria"

A escrita de símbolos e fórmulas, bem como de unidades e grandezas, obedecem a regras e normas que devem ser respeitadas.
No quadro seguinte apresentam-se exemplos de algumas incorreções mais comuns:

Exemplo

------------------------------------Incorreto ----------Correto
Unidade de Massa....................KG ou Kg.................kg
Unidade de Massa....................gr ou gr.  ..................g
Acidez.....................................PH, Ph ou ph.............pH
Símbolos químicos ...................br ou BR...................Br
(por ex: bromo)
   
No discurso utilizado pode optar-se por um estilo impessoal (fez-se, concluiu-se, mediu-se), plural (fizemos, concluímos, medimos) ou narrativo (o autor fez o, o autor concluiu, mediu). A utilização do tempo verbal passado justifica-se por se estar a relatar acontecimentos já ocorridos.


2. A Estrutura do Relatório

Pode optar-se por uma estrutura que inclua uma Introdução, Procedimento, Resultados e Conclusões. Estas diferentes partes do relatório são identificadas com subtítulos que devem ser destacados de algum modo (letras maiúsculas, sublinhado, tamanho superior etc.). Por exemplo:
Um relatório de atividade experimental não tem obrigatoriamente uma estrutura rígida. No entanto deverá, sempre que possível, apresentar um conjunto de linhas gerais mais ou menos fixas.

É preferível utilizar uma estrutura menos subdividida pois assim consegue-se uma melhor adaptação a diferentes trabalhos laboratoriais. Por exemplo, se tivéssemos:

Introdução, Objetivos, Fundamentos Teóricos, Material, Procedimento, Observações, Resultados, Cálculos, Análise dos Resultados, Discussão, Conclusão,

seria mais complicado situar a informação em cada uma destas partes, distinguir se um dado tópico deveria figurar na discussão ou nas conclusões, e se outro tópico deveria estar na apresentação ou na análise dos resultados.

O Relatório de trabalho científico deverá ainda obrigatoriamente incluir um Resumo e indicar a bibliografia que foi utilizada.
Por exemplo:
Não existe um modo universal para apresentar a bibliografia. Em trabalhos de ciências exatas é comum indicá-la do seguinte modo:
Nome do autor (ano de publicação ou edição), título da obra, local de edição, Editora, número da página(s) ou volume da obra
Exemplo: WILLARD, H.; MERRIET, L.; DEAN, J. (1974) Análise Instrumental, Lisboa, Fundação Calouste de Gulbenkian.
As Publicações periódicas podem ser indicadas do seguinte modo:
Nome do autor (data) nome do artigo, nome da publicação, cidade, n.º do volume, pp. páginas
Exemplo: SIMAS, L. F. (1997) Água para Consumo Humano, Boletim da Sociedade Portuguesa de Química, Lisboa, nº67.
Quando a obra não tem autor (Enciclopédias, Atlas, Livros com autores por cada capítulo) pode optar-se por:
Nome da obra (data) cidade, editora
Exemplo: Dicionário de Língua Portuguesa (1994) Porto, Porto Editora.
O nome do autor começa pelo último apelido, e quando há dois ou mais autores pode-se apresentar apenas o primeiro e utilizar-se a expressão Et al. que significa "e outros".
As obras devem ser ordenadas alfabeticamente pelo último nome do autor.

Poderá ainda ter anexos e/ou apêndices. Por exemplo:
Se for necessário utilizar documentos auxiliares, não elaborados pelo autor, poderão ser apresentados em anexo.
Alguns materiais elaborados pelo autor do relatório, que se considerem relevantes para a interpretação do trabalho, podem ser apresentados no final do trabalho, numa secção separada, com a designação de Apêndice.

3. O Resumo

Também se pode chamar Sumário ou Síntese.
Deverá conter de forma sucinta as questões ou informações mais importantes referidas no relatório, ou seja, explicará a finalidade do trabalho, descreverá o método utilizado apresentará os principais resultados, conclusões.
Por exemplo:
" O relatório para um trabalho experimental de TLQ tem o seguinte resumo:
O nylon é uma fibra sintética largamente utilizada na indústria têxtil. A atividade experimental realizada teve como objetivo sintetizar esta fibra. Foi possível obter cerca de um metro de fio que, depois de seco, revelou ter alguma elasticidade e resistência. O nylon foi obtido por reação química entre cloreto de adipoílo e hexanodiamína.


Selecione do texto as partes referentes:
i) à introdução teórica,

ii) ao procedimento experimental,

iii) aos resultados. "

Esta parte do relatório só deve ser feita no final. Só nessa altura é possível ter uma visão global de todo o relatório que é necessária à elaboração de uma síntese. Costuma estar localizado logo no início do relatório.


4. A Introdução

A introdução deve apresentar o tema geral do trabalho experimental. Por exemplo:

Poderá ser uma breve explicação do princípio científico estudado ou então uma referência aos produtos/materiais que estão a ser testados. Poderá referir-se a utilidade e alcance do trabalho laboratorial desenvolvido. “

Podem indicar alguma informação acerca do tema em estudo, nomeadamente, parâmetros com as quais se pretende comparar os resultados obtidos e as previsões, ou seja, os resultados que se esperam obter.
Por exemplo:
- num trabalho de análise de água para consumo humano deve indicar-se o Valor Máximo Recomendado e o Valor Máximo Admitido para o parâmetro que está a ser analisado.

- na identificação de um metal por determinação da sua densidade pode fornecer-se um quadro com valores da densidade de vários metais.

- na determinação do ponto de fusão ou ebulição de determinada substância devem indicar-se os valores obtidos através da pesquisa bibliográfica.

Deverá ainda indicar de modo claro e breve quais são os objectivos do trabalho (o propósito), ou seja, qual é o problema a ser resolvido. Evidentemente, é quem orienta a investigação/pesquisa/estudo que deve definir, claramente, quais são os objectivos do trabalho.
A maior parte das vezes 3 ou 4 parágrafos, bem escritos e fundamentados em bibliografia adequada, são suficientes para introduzir o assunto a tratar.
De pouco vale copiar de livros e enciclopédias longos textos que não se percebem, abordando aspectos irrelevantes e enfadonhos, utilizando linguagem e conceitos que não se dominam e, por vezes até, repetindo várias vezes a mesma ideia.

5. O Procedimento Experimental

Também é chamado Parte Experimental, Técnica Experimental ou Técnica operatória.
Deverá referir-se qual é a origem do procedimento experimental utilizado.
Por exemplo:
"seguiu-se o procedimento experimental da referência bibliográfica [ 3] , pág. 134",

ou então:

"seguiu-se a planificação experimental fornecida pelo professor que se apresenta em Anexo".

Será necessário fazer-se uma breve descrição do método/ técnica/ processo utilizado no trabalho, e dos princípios teóricos em que se baseia (leis, reações químicas, comportamento químico ou físico, etc.).
Não é necessário indicar a lista de material utilizado no trabalho uma vez que esta já existe na planificação do trabalho experimental (protocolo). No entanto, se o método se basear na utilização de um determinado aparelho - método Instrumental - deve indicar-se o tipo de aparelho utilizado ou a marca/modelo, bem como as suas características técnicas mais importantes (alcance, tolerância, etc.)
Não é necessário fazer um relato detalhado de todos os passos seguidos. No entanto será importante fazer um resumo do procedimento experimental, onde se selecionem apenas os passos fundamentais. Se os passos essenciais forem devidamente justificados então estaremos a fundamentar a técnica utilizada.

Por exemplo:
O resumo do procedimento experimental é um trabalho de síntese que obriga a focar a atenção nos aspectos do procedimento que são realmente importantes, o que permitirá adquirir uma visão mais global do trabalho.

O procedimento experimental seguinte refere-se à purificação por recristalização (técnica utilizada) do ácido acetilsalicílico:


"1. Medir cerca de 50 cm3 de do solvente fornecido (água + álcool 8:1) para um erlenmeyer.


2. Dissolver uma dada porção de ácido acetilsalicílico a quente..


3. Filtrar a quente com filtro de pregas para um copo (colocar previamente o funil e papel de filtro na estufa)..


4. Deixar cristalizar por arrefecimento..


5. Filtrar a pressão reduzida de modo a separar e secar os cristais de ácido acetilsalicílico. Lavar com água fria."


Pode ser resumido para:


"Dissolveu-se ácido acetilsalicílico a quente numa mistura água+álcool (8:1) para obter uma solução sobressaturada. Filtrou-se a quente de modo a reter impurezas insolúveis. Deixou-se recristalizar por arrefecimento. Voltou-se a filtrar, lavando com água fria afim de remover as impurezas solúveis. Secaram-se os cristais de ácido acetilsalicílico obtidos."
As partes a negrito correspondem à justificação dos procedimentos efetuados.

Devem referir-se as alterações/adaptações ao procedimento experimental, mas apenas as mais importantes, ou seja, aquelas que possam ter influenciado significativamente os resultados obtidos.


6. Os Resultados

Pode chamar-se Apresentação e Análise de Resultados, Registro e Tratamento de Resultados ou ainda Observações.
Se for importante para a análise e interpretação dos resultados obtidos, deve fazer-se uma caracterização dos produtos/amostras/reagentes utilizados de preferência em quadro ou tabela.
Por exemplo:

Na análise de um refrigerante indicar a sua marca, o volume, a composição indicada no rótulo, etc., ou na purificação de um material referir a sua origem ou então o seu aspecto inicial

A apresentação dos resultados deve constituir uma compilação do conjunto de dados /resultados/observações obtidos durante a realização experimental. Sempre que possível, devem ser apresentados em tabelas, quadros, esquemas ou gráficos.
Por exemplo:
Sem um bom registro de dados no caderno de laboratório não é possível elaborar convenientemente as tabelas e/ou gráficos necessários à correta apresentação dos resultados. Por isso uma das chaves para escrever um bom relatório é tirar bons apontamentos das observações efetuadas e dos resultados obtidos.
Deverão ser indicadas as condições ambientais em os dados foram obtidos (temperatura, pressão atmosférica, etc.).





















Muitas vezes a apresentação dos resultados resume-se à caracterização das amostras obtidas e/ou às observações efetuadas durante a realização do trabalho.
Por exemplo:
Caracterização das Amostras Obtidas:

Grandezas físicas. Exemplo: Massa, volume, etc.

Propriedades físicas. Exemplo: cor, brilho, forma, tamanho, aspecto, etc.


Observações:

Exemplo: mudanças de cor, variação de temperatura

resultados considerados mais evidentes ou então a dar-lhes uma forma mais compreensível, geralmente através do seu tratamento matemático, estatístico ou gráfico. Nestes casos, deve apresentar-se apenas um exemplo claro e bem explicado de cada cálculo efetuado.
As medições efetuadas e os resultados de cálculos devem apresentar-se sempre com as respectivas unidades e com o número de algarismos significativos corretos ou com as incertezas respectivas.

7. As Conclusões

Também pode chamar-se: Discussão ou Considerações Finais.
Será necessário realçar os principais resultados e comentá-los de um ponto de vista crítico, traduzindo a opinião do autor sobre o seu interesse e qualidade. Isso implica avaliar se estes são aceitáveis tendo em consideração os objetivos iniciais do trabalho e aquilo que estava previsto ou estipulado, o que, por vezes, envolve uma comparação entre os dados obtidos experimentalmente e a informação bibliográfica. No final desta avaliação deve apresentar-se, claramente, a resposta ao problema enunciado na introdução.
Os fenômenos ou resultados imprevistos devem ser aqui referidos, e sempre que possível, devem também ser interpretados.
Deve apontar as possíveis causas de afastamento dos resultados em relação àquilo que era esperado (erros/incertezas experimentais? de que tipo? de que grandeza? Quais os mais importantes? Deficiências do método utilizado?).
Quando o objetivo do trabalho for utilizar uma determinada técnica experimental, deverão ser indicadas as dificuldades sentidas e limitações identificadas.
Podem ser apresentadas recomendações ou propostas de decisões a tomar em função dos resultados obtidos.
Por exemplo:
Recomendações:

Se a análise de uma água revelar concentrações elevadas de nitritos é com base nesta informação que se recomenda que crianças e grávidas não a consumam.

Podem também indicar-se sugestões para investigações posteriores ou ainda, alterações ao procedimento seguido ou à técnica utilizada.
Por exemplo:
Investigações posteriores:

Se o estudo permitiu identificar a presença de nitritos numa carnes (determinação qualitativa) pode sugerir-se a determinação do respectivo teor (determinação quantitativa).

Ou as alterações:

Se uma filtração não foi suficientemente eficaz sugere-se a utilização de um papel de filtro menos poroso.


Referência bibliográfica:

Adaptação do texto: http://quimica-na-web.planetaclix.pt/comunic/relator1.htm, acessado em 02/04/2010.
Carlos Alberto.